Distribuição geográfica das infecções causadas pelo Trojan-SMS.AndroidOS.FakeInst.ef (Fonte: Kapersky)
Novo trojan que envia mensagens comerciais
Desde a descoberta do trojan SMS Trojan-SMS.AndroidOS.FakeInst.ef em fevereiro de 2013, outras 14 versões do malware foram identificadas e rastreadas em 66 países, incluindo Argentina, Brasil, Chile e
outros países da América Latina. O malware é responsável pelo envio de mensagens a números comerciais.
Para começar a operar, o FakeInst se camufla como um aplicativo para assistir vídeos pornográficos. O app pede ao usuário que aceite enviar uma mensagem de texto para comprar os conteúdos e, depois de enviar a mensagem, o trojan abre um site de livre acesso ao conteúdo e se instala.
No entanto, para enviar a mensagem, o trojan decifra um arquivo de configuração que contém todos os números e prefixos telefônicos. Desta lista, o FakeInst seleciona os números e prefixos apropriados para o código do país para o usuário móvel.
"Por exemplo, o FakeInst é capaz de enviar 3.085 diferentes modificações de textos a números telefônicos curtos, normalmente utilizados para concursos e promoções, sem que o dono do celular se dê conta e, desta maneira, o cibercriminoso ganha dinheiro de maneira ilícita. No Brasil, Argentina e México o Trojan envia a mensagem para um número de 5 dígitos, no Chile, Equador, Paru, Colômbia e Venezuela para um número de 4 dígitos, enquanto na Bolívia para um número de 3 dígitos", explica Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de investigação e análises da Kaspersky Lab para a América Latina.
O Trojan também se comunica com um servidor para receber mais instruções. De todos os comandos que recebe e processa, ele encontra a brecha para enviar uma mensagem com um conteúdo específico para um número que aparece listado no comando, além da habilidade de interceptar mensagens novas. O trojan pode fazer várias coisas com as novas mensagens: roubá-las, eliminá-las ou até mesmo respondê-las.
"A economia da América Latina tem estado estável e em crescimento, junto ao crescimento exponencial dos usuários móveis na região que tem internet, é possível que os criminosos se foquem em nossa região. A combinação mortal para um usuário é ter o hábito de ver pornografia no celular e não ter um antivírus em seu dispositivo móvel. A única maneira de não perder dinheiro da sua conta por conta deste Trojan é tendo um antivírus que o detecte e impeça sua instalação", afirmou Bestuzhev.
Analistas da Kaspersky Lab consideram que o FakeInst é obra de cibercriminosos russos, já que suas primeiras versões estavam desenhadas para funcionar somente na Rússia e porque todos os seus servidores estão registrados e alojados em provedores deste país.
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